PROJETO:  "Era uma vez: a leitura e a escrita do mundo da fantasia

 

 

“Um livro infantil, para o quarto de uma criança, é um objeto tão importante e mais indispensável do que o berço”.

(Friedrich Bertuch)

 

 

 

INTRODUÇÃO

A leitura tem um papel fundamental no desenvolvimento da capacidade de produzir textos escritos. Pois por meio dela os (as) educandos (as) entram em contato com toda a riqueza e a complexidade da linguagem escrita. É também a leitura que contribui para ampliar a visão de mundo, estimular o desejo de outras leituras, exercitar a fantasia e a imaginação, compreender o funcionamento comunicativo da escrita, desenvolver estratégias de leitura, favorecer a aprendizagem das convenções de escrita, além de ampliar o repertório textual contribuindo para a produção dos próprios textos.



Como afirma Freire:

Quando aprendemos a ler, o fazemos sobre a escrita de alguém que antes aprendeu a ler e a escrever. Ao aprender a ler nos preparamos para imediatamente escrever a fala que socialmente construímos. (FREIRE, 1997, p. 25)



Nesta perspectiva, o ato de ler e o ato de escrever são elementos indissociáveis no processo ensino-aprendizagem e devem estar vinculados às necessidades e interesses do público aprendiz.


Portanto, deve-se estimular e propiciar ao alcance das crianças os livros infantis, os contos, as poesias, os mitos, as lendas, as fábulas, permitindo-lhes penetrar em seu universo mágico dos sonhos. É o caminho não apenas de sua descoberta, mas também um dos mais completos meios de enriquecimento e desenvolvimento de sua personalidade.







JUSTIFICATIVA



“Ninguém escreve se não escrever, assim como ninguém nada se não nadar”.

(Paulo Freire)



Ouvir e ler histórias é entrar em um mundo encantador, cheio ou não de mistérios e surpresas, mas sempre muito interessante, curioso, que diverte e ensina. É na relação lúdica e prazerosa da criança com a obra literária que formamos o leitor e o escritor. A criança aprende brincando em um mundo de imaginação, sonhos e fantasias. Desta forma, é através de experiências felizes com as histórias, os contos clássicos infantis em sala de aula que a criança tem a possibilidade de interagir com diversos textos trabalhados, possibilitando o entendimento do mundo em que vivem e possibilitando a construção de seu próprio conhecimento.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN (1997), o papel do professor e da escola é formar alunos críticos habituados com a leitura, isso através do incentivo a leitura diária e de um contato com todos os tipos de textos. Contar histórias para crianças sempre expressou um ato de linguagem, representação simbólica do real direcionado para a aquisição de modelos lingüísticos.

Desse modo, o presente projeto tem como objetivo principal desenvolver a linguagem oral e escrita das crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental, utilizando a narrativa como tipologia textual com enfoque nos contos. É ouvindo e lendo contos que os (as) educandos (as) vão desde muito cedo se apropriando da estrutura da narrativa, das regras que organizam esse tipo particular de discurso. E é esse conhecimento que lhes possibilita compreender outras narrativas, recontá-las e reescrevê-las.

Pretende-se com este trabalho desenvolver atividades que possibilite momentos de interação entre as crianças, estimule a oralidade, desenvolva a capacidade de produção de textos, a criatividade e a percepção auditiva e desperte nas crianças o gosto pela leitura e escrita, aproximando-as ao hábito de ler e escrever. Espera-se, ainda, que este projeto dê subsídios aos (às) professores (as) de 1° ao 5° ano do Ensino Fundamental, contribuindo no trabalho da leitura e escrita.



OBJETIVO GERAL

Desenvolver a linguagem oral e escrita dos (as) educandos (as), utilizando a narrativa dos contos como tipologia textual.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Desenvolver habilidades e o prazer pela leitura e escrita;

• Produzir textos criativos, observando a estrutura, coesão e coerência;

• Refletir sobre a escrita convencional das palavras;

• Ampliar o repertório textual;

• Estabelecer relações entre a linguagem oral e a linguagem escrita;





METODOLOGIA

No desenvolvimento desse projeto é fundamental que o (a) educador (a) atente-se para a necessidade de tornar as atividades ao mesmo tempo atrativas e enriquecedoras para aprendizagem dos (as) educandos (as). Sob esse prisma sugere-se, para o trabalho com as histórias, a utilização de recursos como: filmes, Cd´s, montagens de painéis, fantoches, dramatizações, entre outros.

O projeto poderá ter a duração de uma Unidade e será dividido nos seguintes momentos:

1° momento: Apresentação do projeto para os (as) educandos (as);

2° momento: Roda de conversa sobre os contos, levantando informações sobre as histórias preferidas;

3° momento: Produção de lista de contos conhecidos;

4° momento: Roda de leitura

• Disponibilizar diversos livros de contos para este momento (a atividade pode ser realizada semanalmente durante o período do projeto);

5° momento: Branca de Neve e os sete anões

• Exibição do filme;

• Ilustração

• Escrever as falas dos personagens nos balões da história em quadrinhos;

6° momento: A Bela e a Fera

• Exibição do filme;

• Reescrita coletiva da história;

• Ilustração (montagem de painel com os desenhos feitos pelos (as) educandos (as));

7° momento: O Patinho Feio

• Reproduzir o conto por meio de CD;

• Reconto da história;

• Exibição do filme: Putz, a coisa tá feia;

• Diálogo sobre o respeito às diferenças;

• Texto lacunado da história;

8° momento: Chapeuzinho Vermelho

• Exibição do filme;

• Reescrita do conto em partes: início, meio e fim;

• Revisão textual (observando a estrutura do texto, ordem dos fatos e aspectos ortográficos);

9° momento: Os Três Porquinhos

• Ler a história em voz alta para os (as) educandos (as) (pode-se contar a história utilizando fantoches);

• Reconto da história (o (a) professor (a) pode iniciar e solicitar que cada um relate um trecho);

• Reprodução do conto por meio de CD;

• Ler e ilustrar as partes do conto;

10° momento: A Bela Adormecida

• Exibição do filme;

• Reescrita da história em partes: início, meio e fim;

• Revisão textual (observando pontuação e aspectos ortográficos);

11° momento: Pinóquio

• Exibição do filme;

• Produção de lista de personagens da história;

• Ilustração do conto em quadrinhos;

12° momento: Cinderela

• Exibição do filme;

• Ilustração;

• Propor a dramatização da história com as devidas caracterizações (com as turmas de 1° e 2° ano essa atividade pode ser realizada na Hora do Faz de Conta)

• Reescrita em dupla;



13° momento: Produto Final

• Peça teatral: escolher com os (as) educandos (as) um dos contos trabalhados para apresentarem em forma de teatro para as outras turmas.

É importante ressaltar, que as propostas das atividades supracitadas, como também a escolha das histórias são sugestões que podem ser modificadas adequando-se aos interesses e necessidades de cada turma. Considerando os níveis de escrita dos (as) educandos (as), principalmente do 1° e 2° ano, as reescritas podem ser realizadas em duplas (um dita e o outro escreve), cabendo ao (à) professor (a) fazer os agrupamentos.




AVALIAÇÃO

A avaliação será processual e contínua, e por meio das amostras dos trabalhos realizados pelos (as) educandos (as). Deve-se observar, também, se apresentaram avanços na leitura e escrita.



REFERÊNCIAS

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: ed. Brasília, 2001.



FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho D´água, 1997.



TODOLIVRO, Distribuidora. Os mais belos contos clássicos. Ed. Brasileitura

 

 

“ ARTES"

Boneco feito com potes de plástico

Que tal reaproveitar os potes de maionese e as tampinhas de garrafas pet para fazer um boneco? Esse que fiz meu filho adorou e qual criança que não se diverte com um boneco tão engraçadinho como esse?

Materiais necessários: 1 pote plástico de maionese; 18 tampinhas de garrafas pet; 1 tampinha de desodorante; 1 tampinha de amaciante; 90 cm de elástico roliço; durex colorido; cola quente; caneta permanente preta; prego.

Execução:

1 – Faça um furo em cada tampinha de garrafa pet com um prego quente ou use um furador de metal. Fure também o pote de maionese nos locais onde ficarão os braços e pernas do boneco;
2 – Passe durex colorido em volta das tampinhas (opcional);
3 – Corte o elástico no tamanho necessário para os braços e pernas e encaixe pelos furos feitos no pote de maionese. Passe durex colorido em volta do corpin
ho do boneco;
4 – Encaixe quatro tampinhas em cada braço e cinco tampinhas em cada perna. Finalize dando um nó em cada uma das pontas do elástico.
5 – Para fazer a cabeça do boneco cole, com a cola quente, a tampinha de desodorante e para o chapeuzinho do boneco cole a tampinha de amaciante sobre a cabeça.
6 – Com a caneta permanente preta faça os olhos, nariz e boca do boneco.

 

 

Materiais necessários: caixas tetra-pak, tecido de algodão estampado, fita de cetim, botão decorativo, cola branca, pincel, tinta pva para artesanato (cor branca), lixa de unha, cola quente e tesoura.

Execução:

1 – Com a tesoura corte as caixinhas na diagonal (um pouco acima do meio);
2 – Com o pincel passe uma demão de tinta branca em toda parte externa das caixinhas;
3 – Meça o tamanho necessário de tecido o suficiente para contornar toda a caixinha e recorte com a tesoura;
4 – Passe cola branca em todas as laterais da caixinha e cole, cuidadosamente, o tecido fechando do lado que vai ser colado com a outra caixinha;

                                  
5 – Faça cortes no tecido que sobrou (no fundo) formando abas. Cole esse tecido um sobre o outro como mostrado na figura;
6 – As sobras de tecido na boca da caixinha podem ser retiradas

baudatiasonia.blogspot.com/p/reciclagem.html

 

                                                    “ARTE"

A arte e um projeto muito importante para trabalhar na educação pois e através da arte que a criança desenvolver coordenação motora, a memória visual da criança e estimular as percepções sensoriais da criança, através das atividades: CRIANÇAS DE QUATRO A SEIS ANOS

 

 

• Criação de desenhos, pinturas, colagens, modelagens a partir de seu próprio repertório e da utilização dos elementos da linguagem das Artes Visuais: ponto, linha, forma, cor, volume, espaço, textura etc.

• Exploração e utilização de alguns procedimentos necessários para desenhar, pintar, modelar etc.

• Exploração e aprofundamento das possibilidades oferecidas pelos diversos materiais, instrumentos e suportes necessários para o fazer artístico.

• Exploração dos espaços bidimensionais e tridimensionais na realização de seus projetos artísticos.

• Organização e cuidado com os materiais no espaço físico da sala.

• Respeito e cuidado com os objetos produzidos individualmente e em grupo.

• Valorização de suas próprias produções, das de outras crianças e da produção de arte em geral.

• Conhecimento da diversidade de produções artísticas, como desenhos, pinturas, esculturas, construções, fotografias, colagens, ilustrações, cinema etc.

• Apreciação das suas produções e das dos outros, por meio da observação e leitura de alguns dos elementos da linguagem plástica.

• Observação dos elementos constituintes da linguagem visual: ponto, linha, forma, cor, volume, contrastes, luz, texturas.

• Leitura de obras de arte a partir da observação, narração, descrição e interpretação de imagens e objetos.

• Apreciação das Artes Visuais e estabelecimento de correlação com as experiências pessoais.

     Os conteúdos da aprendizagem em artes poderão ser organizados de modo a permitir que, por um lado, a criança utilize aquilo que já conhece e tem familiaridade, e, por outro lado, que possa estabelecer novas relações, alargando seu saber sobre os assuntos abordados.

     Convém ainda lembrar que a necessidade e o interesse também são criados e suscitados na própria situação de aprendizagem.

 

     Tendo clareza do seu projeto de trabalho, o professor poderá imprimir maior qualidade à sua ação educativa ao garantir que:

• a criança possa compreender e conhecer a diversidade da produção artística na medida em que estabelece contato com as imagens das artes nos diversos meios, como livros de arte, revistas, visitas às exposições, contato com artistas, filmes etc.;

• exista a possibilidade do uso de diferentes materiais pelas crianças, fazendo com que estes sejam percebidos em sua diversidade, manipulados e transformados;

• os pontos de vista de cada criança sejam respeitados, estimulando e desenvolvendo suas leituras singulares e produções individuais;

• as trocas de experiências entre as crianças aconteçam nos momentos de conversa e reflexão sobre os trabalhos, elaborações conjuntas e atividades em grupo;

• o prazer lúdico seja o gerador do processo de produção;

• a arte seja compreendida como linguagem que constrói objetos plenos de sentido;

• a valorização da ação artística e o respeito pela diversidade dessa produção sejam elementos sempre presentes.

 

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil; Volume 3: Conhecimento de Mundo

 

         

 

 

 

                                

 

 

 

 

 Objetivo: Valorizar a Arte Naïf identificando suas características e peculiaridades.
Tema Abordado: Arte Naïf
Áreas do Conhecimento: Educação Artística e História da Arte


Materiais:

  • tampas de caixas de sapatos
  • papel amarelo
  • retalhos de tecidos
  • cola pano
  • tinta relevo em várias cores
  • tesoura sem pontas